Quais são os direitos do trabalhador em licença maternidade?

Quais são os direitos do trabalhador em licença maternidade?

A licença maternidade é um direito garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Constituição Federal, assegurando que a trabalhadora tenha um período de afastamento remunerado para cuidar de seu recém-nascido. O tempo de licença é de 120 dias, podendo ser estendido para 180 dias em algumas situações, como nas empresas que aderem ao Programa Empresa Cidadã. Durante esse período, a funcionária tem direito a receber sua remuneração integral, o que garante a estabilidade financeira nesse momento tão importante.

Além da remuneração, a trabalhadora em licença maternidade também possui o direito de retornar ao seu emprego após o término do período de afastamento. A legislação protege a funcionária contra demissões arbitrárias durante a licença e até cinco meses após o retorno, garantindo assim a estabilidade no emprego. Essa proteção é fundamental para que a mãe possa se dedicar ao cuidado do filho sem a preocupação de perder seu emprego.

Outro direito importante é a possibilidade de prorrogação da licença maternidade em casos de complicações de saúde, tanto da mãe quanto do bebê. Se a mãe apresentar problemas de saúde que a impeçam de retornar ao trabalho, ela pode solicitar a prorrogação da licença, mediante apresentação de atestado médico. Isso assegura que a saúde da mãe e do filho seja priorizada, permitindo um retorno ao trabalho apenas quando estiverem aptos.

As trabalhadoras também têm direito ao salário-maternidade, que é pago pelo INSS para aquelas que não têm vínculo empregatício ou que trabalham como autônomas. O valor do salário-maternidade é equivalente ao salário que a mulher recebia antes do afastamento, garantindo assim uma compensação financeira durante esse período. É importante que a trabalhadora se informe sobre como solicitar esse benefício, que pode ser feito através do site da Previdência Social ou diretamente em uma agência do INSS.

Além disso, as mães que amamentam têm o direito de ter um horário especial para a amamentação após o retorno ao trabalho. A CLT prevê que a mãe pode ter dois intervalos de 30 minutos cada para amamentar o filho até que ele complete seis meses. Essa é uma medida que visa garantir a saúde e o bem-estar da criança, permitindo que a mãe possa conciliar suas responsabilidades profissionais com a amamentação.

É importante ressaltar que a licença maternidade também se aplica em casos de adoção. A mãe adotiva tem direito a 120 dias de licença, podendo ser estendido para 180 dias, dependendo da empresa. Essa medida visa garantir que a mãe possa se adaptar à nova realidade familiar e proporcionar o cuidado necessário ao recém-chegado, independentemente da forma como ele chegou à família.

As trabalhadoras que enfrentam dificuldades em garantir seus direitos durante a licença maternidade podem buscar a orientação de um advogado especializado em Direito do Trabalho. A assessoria jurídica pode ajudar a esclarecer dúvidas, orientar sobre os procedimentos corretos a serem seguidos e, se necessário, tomar as medidas legais cabíveis para assegurar que os direitos da trabalhadora sejam respeitados.

É fundamental que as mulheres conheçam seus direitos e busquem informações sobre a legislação vigente. Muitas vezes, a falta de conhecimento pode levar a situações de abuso por parte de empregadores que não cumprem a lei. Portanto, é essencial que as trabalhadoras se informem e, se necessário, procurem ajuda profissional para garantir que seus direitos sejam respeitados e que possam desfrutar plenamente da licença maternidade.

Se você está enfrentando dificuldades relacionadas à licença maternidade ou tem dúvidas sobre seus direitos, a advogada Bruna Souto é uma profissional capacitada para ajudá-la. Com experiência na área de Direito do Trabalho, ela pode oferecer a orientação necessária para que você possa garantir seus direitos e ter uma licença tranquila e segura.

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Bruna Souto

A Dra. Bruna Souto é especialista em advocacia trabalhista com mais de seis anos de experiência. Formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela USP, atua com foco na defesa dos direitos de trabalhadores e empresas em todo o Brasil.

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